sexta-feira, 12 de outubro de 2007

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Neste momento em função das mais variadas circunstâncias fazem-se as mais variadas críticas aos três grandes e muitas delas, como habitualmente, são infundadas.

Ao Benfica tem-se apontado o dedo pela fraca finalização, recaindo sobre Cardozo a maior fatia. O paraguaio é bom de bola, tem um remate temível, tem bons princípios de jogo, é forte fisicamente, mas anda um pouco pesado e preso de movimentos. Muito disto se explica por dois motivos: Primeiro, custou nove milhões de euros; segundo, não teve férias. A erosão causada por estes dois factores, aliada a um período de adaptação, que é sempre necessário, tem-se reflectido no desempenho do “tacuara”
Por outro lado, o esquecimento a que se tem submetido alguns jogadores tem criado na luz uma crise desnecessária e perfeitamente evitável. Vejamos o caso de Nuno Assis. Os sul-americanos contratados ( Maxi, Rodriguez, Di Maria ) revelaram-se boas contratações. Já Binya conseguiu fazer esquecer a saída de Beto. Apesar de não possuir um super-plantel o clube da luz poderia sem dificuldade apresentar um onze muito forte. Porque não Nuno Assis e Rui Costa juntos? E Cardozo e Gomes? E parecendo Quim estar à altura da missão quase impossível de remendar os buracos da dupla de centrais, seria de esperar um arranque de campeonato mais feliz da equipa enarnada.

Os resultados têm demonstrado um Porto irresistível, mas que ainda não me convenceu. Mas tem o mérito de ser uma equipa equilibrada e bem organizada. Não sendo um grande admirador do professor Jesualdo, admito que as suas equipas são organizadas e bem estruturadas, mas isto também é mais fácil de demonstrar tendo um plantel mais caro que o dos dois rivais juntos. Destaco os dois argentinos, Lucho e Lisandro, e Quaresma. Lima parece-me uma boa aposta. Acumulando responsabilidade ao talento, este jogador tem tudo para se um caso sério no futebol europeu, basta dar-lhe tempo e espaço para crescer. Convém lembrar que esta evolução só é possível através do erro. Ou seja, nem sempre este jogador vai conseguir definir, a curto prazo, as melhores opções, tanto a nivel individual como a nivel colectivo, mas é importante respeitar o seu invólucro para assim potenciar todas as suas qualidades ao serviço da equipa. O melhor para ele terá de ser o melhor para a equipa, só assim ele poderá emprestar na totalidade as suas virtudes à equipa.

O Sporting tem encontrado a felicidade que em anos anteriores teimava em se esconder. Não apresentando a qualidade do ano passado, tem conseguido alcançar maior parte dos seus objectivos sem se superiorizar ao adversário, pelo menos não de forma evidente como em anos transactos. Paulo Bento disse que a sorte dá muito trabalho, mas nem sempre quem trabalha melhor tem acesso a ela. Estando o Sporting com esta estrelinha se conseguir alcançar o brilho do ano passado de certeza que conseguirá alcançar os objectivos a que se propôs. Entretanto Polga vai dando lições de classe, a que o “pupilo” Tonel vai assistindo atentamente. Vejam se percebem: ao lado de Polga só Beto não funcionava. De resto todos se adaptaram com resultados satisfatórios, sendo que Tonel até demonstra uma evolução bastante interessante. Bento disse que não havia ninguém melhor para fazer evoluir o A. Marques que o Rui Jorge, eu digo que não há neste momento ninguém que não cresça ao lado de Polga, falo obviamente em jogadores que precisam de confirmar o seu potencial. Já ao lado de Liedson, só Derlei parecia conseguir encaixar. Mas este lesionou-se e agora Alvalade vai a baixo cada vez que o miúdo Djaló toca na bola. Criticar este jogador por jogar mal e não evoluir é tão estúpido como criticar um miúdo que estude numa escola da Cova da Moura e não obtenha bons resultados. Entretanto Pereirinha nunca mais perde a vergonha, e vai adiando o inevitável. O russo entretanto até já é bom a defender, e Vukcevic até sua as estopinhas... Até parece que eram preconceitos...

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